terça-feira, 27 de abril de 2010

Júlio Prates de CastilhosJúlio Prates de Castilhos

Júlio Prates de Castilhos
(Advogado, Político e Jornalista)
1860 - 1903

Político e jornalista brasileiro nascido dia 29 de junho 1860 na Fazenda da Reserva, em Vila Rica, hoje Júlio de Castilhos, Rio Grande do Sul.



Um dos republicanos históricos da política brasileira no início deste regime político no Brasil. Depois de se formar em Direito em São Paulo (1881), filiou-se às campanhas pela abolição e pela república e voltando a Porto Alegre, dividiu-se entre a advocacia e a política, ingressando no PRR (Partido Republicano Rio-Grandense).





Colaborador e depois diretor de A Federação, jornal de propaganda republicana fundado àquela época (1884), impôs-se como articulista polêmico.


A 21 de março de 1889 organizou com seus correligionários a Convenção Republicana na Fazenda da Reserva para articular uma ação revolucionária contra o monarquismo.


Eleito Deputado ao Congresso Constituinte Republicano (1890), formou a corrente ultrafederalista e defendeu o projeto de organização estatal positivista, o que lhe garantiu prestígio entre os militares que apoiaram Floriano Peixoto como sucessor de Deodoro da Fonseca.

oi eleito pela Assembléia Estadual (1891) o primeiro Presidente do Estado sulino após a proclamação da República, e redigiu o projeto da Constituição gaúcha (1891), baseada nos princípios positivistas, e que foi promulgada nesse mesmo ano. Os princípios da Carta colocaram nas mãos do Presidente poderes ditatoriais e foram motivos de grandes disputas políticas e de duas Revoluções no Rio Grande do Sul (1893 / 1923).



Se manteve como Presidente estadual até 1897 quando passou o mandato para Borges de Medeiros. (ANTONIO CHIMANGO)


Faleceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, como chefe do Partido Republicano Rio-Grandense, vítima de um câncer de laringe que ocasionou sua morte, no início do ato cirúrgico para extirpação do tumor, certamente por efeito do clorofórmio, pois já sofria de graves crises de asfixia.


quinta-feira, 22 de abril de 2010

Monumento a Júlio de Castilhos






Monumento a Júlio de Castilhos







O monumento a Júlio de Castilhos é um monumento localizado na Praça da Matriz,no centro de Porto Alegre. A sua construção foi decidida logo após a morte de Júlio de Castilhos, ocorrida em 24 de Outubro de 1903,sendo o projeto de autoria do pintor e escultor Décio Villares. Contudo, sua relização sofreu vários atrasos e o projeto inicial passou por varias modificações. os trabalhos finalmente iniciaram em 27 de Julho de 1910,com o nivelamento do terreno e o lançamento dos seus alicerces sob a supervisão de Affonso Hebert,ficando com a parte da cantaria a cargo de Jacob Aloys Friedrichs. As obras encontraram dificuldades diversas e , em certa altura, seus andaimes desabaram,destruindo o que já existia e obrigando o recomeço de toda empreitada.

Por fim, o monumento pôde ser inaugurado em 25 de Janeiro de 1913, e na ocasião o governo estadual distribuiu um panfleto esclarecendo a complexa simbologia representada. Pretendia-se ilustrar idealizada mente três momentos da vida do homenageado: A fase da propaganda republicana, a fase da organização do governo no Estado e a fase posterior à sua retirada do governo.


Descrição e interpretação

As alegorias foram escolhidas por Villares do modo a caracterizar a ação típica de cada uma das três fases e o seu grau de importância, com realce para a fase da organização politica,da qual resultou a Constituição de 1891. A primazia deveria caber a República,como o espelho dos ideais que definem a politica moderna: liberdade,paz e fraternidade. O entusiasmo apoio popular à causa não poderia faltar, e também era preciso manter viva a memória dos antecedentes politicos resumidos em Tiradentes e José Bonifácio através das frases Libertas quea tamen, e A sã política é filha da moral e da razão . Além da estatuária existem datas inscritas alusivas à proclamação da República, fator fundamental na emancipação política do Rio Grande, e à Revolução Francesa, inspiradora de todo um impulso civilisatório de alcance global.








A propaganda Republicana



Os grupos de estátuas se distribuem em torno de um núcleo piramidal,destacando-se, no topo do obelisco central, a figura triunfante e dinâmica da República, com a chama da nova ordem social em uma das mãos e o códice da lei nova na outra. Repousa sobre uma esfera, com estrelas representando os estados brasileiros, além da divisa Ordem e Progresso. Na face oeste, representando os estados brasileiros, além da divisa Ordem e Progresso . Na face oeste, representando a Propaganda Republicana, está a imagem de um jovem que se inclina à frente , oferecendo exemplares do jornal A Federação.



Detalhe da face norte ,com figuras da Constância e da Prudência na base, o político ao centro, e o civismo e a Coragem acima




A face norte é dedicada a eternizar Júlio de Castilhos como um estadista exemplar, um organizador iluminado pela filosofia de A ugusto Comte, virtuoso e enérgico, e em sua representação está ele entronizado em uma cadeira alta, em aparente meditação após a leitura em uma cadeira alta, em aparente meditação após a leitura de um livro, mas prests a entrar em ação, em consonância com o seu motto pessoal: Saber para prover.


Mas uma única figura do político, por mais engenhosamente concebida que fosse ,não seria o bastante para apresentar ao povo a pletora de suas qualidades, que foram então personificadas em figuras auxiliares: a Coragem, num arrebatamento inspirado ,com os louros da vitória em uma das mãos e a outra livre para incitá-lo à atividade. Contudo a coragem por si mesma é um impulso cego, e sua figura traz significativamente os olhos parcialmente vendados . Assim , fazia-se mister equilibrá-la com a Prudência, que refreia o ímpeto da outra e aponta-lhe os perigos e dificuldades da aplicação prática da idéia abstrata, simbolizados por um dragão que sobe rastejando o solo da pátria,e que em si também relembra a ameaça de retorno da antiga ordem monárquica , uma vez que o dragão é simbolo da Casa de Bragança, a qual pertencia o Imperador Dom Pedro ll, há tão pouco tempo deposto.


Outras virtudes se reúnem no elogio de Castilhos . À sua direita posta-se a Firmeza ou Constância , um guerreiro atlético com armadura , em atitude altiva e inabalável, com uma pele de leão estendida às costas em clara alusão ao Hércules mitológico e ao domínio espiritual sobre as paixões brutas e desordenadas. Ele segura ainda três chaves de significado pouco claro,mas talvez representativas dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) que o político controlou com mão de férrea em seu governo. Acima , abraçando amorosamente a bandeira nacional, está a imagem esvoaçante do Civismo.




Júlio de Castilhos representado como um velho sábio

No lado leste ilustrou-se a fase derradeira de Júlio de Castilhos, após seu afastamento do poder. Ele é mostrado ,curiosa mas simbolicamente , como um velho de barbas longas, mas de corpo ainda em pleno vigor, na atitude retórica de um sábio mestre , como a provar, conforme constava em passagem no panfleto publicado, que os anos não lhe quebraram o vigor do espírito nem dissiparam a sabedoria acumulada da experiência.

Por fim, a face sul traz a figura de um jovem gaúcho a cavalo, simbolizando ao mesmo tempo a energia jovial do povo rio-grandense , a esperança no futuro e o apoio indispensável das massas populares a qualquer iniciativa bem-sucedida de reforma , progresso e melhoramento.

O conjunto do mnumento, de 22 metros e meio de altura,é uma verdadeira cartilha positivista , e foi concebido em uma feição idealista e mesmo mística , como um altar publico onde se pudesse venerar a memória de um líder paradgimático e conhecer seus princípios doutrinários.












Texto e pesquisa:
Rafael Camargo

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Museu Farroupilha

Reportagem sobre Júlio Prates de Castilhos e sua influencia política


Reportagem realizada por Imara Alves

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Documentos

Documento de posse dos Intendentes da então da Vila de Nossa Senhora da Piedade de Vila Rica.
Atual múnicipio de Júlio de Castilhos


Documento onde é declarada a emancipação de Júlio de Castilhos então chamada de Vila Rica (14/07/1891)
Documento que mostra os nomes que já foram dados ao nosso múnicipio
Requerimento de pedido de posse das terras onde hoje se localiza o centro da cidade por João de Alvarenga (1821)
Texto e pesquisa:



Rafael Camargo

Colaboração:Dr. Firmino Costa

Júlio de Castilhos antes da povoação

Imagem da coxilha do Durasnal Atual centro da cidade

Por volta do ano de 1812
Colaboração: Dr Firmino Costa